Translate

Tuesday, April 2, 2013

BIOGRAFIA: BENOIS, Alexandre; BENUA, Alexandr Nikolaievich (1870-1960).

BIOGRAFIA: BENOIS, Alexandre; BENUA, Alexandr Nikolaievich (1870-1960). O artista plástico, pintor, ilustrador, cenógrafo, figurinista, diretor teatral e escritor russo, foi um dos dos mais destacados artistas das vanguardas no século XX. Benois nasceu em São Petersburgo e morreu em Paris. Sua família tinha origem francesa: seu pai foi o arquiteto da côrte do Czar. Benois estudou como aluno livre da Academia de Belas Artes (1887-1888); formou-se em Direito na Escola de Jurisprudência da Universidade de São Petersburgo (1890-1894). O artista foi um dos fundadoresdo Gupo do Mundo da Arte [Mir Iskusstva], associado a Léon Bakst (1866-1924) e Sergey Diaghilev (1872-1929). A associação de artistas conseguiu o apoio de alguns riquíssimos patronos, como o comerciante russo Savva Mamentov e a princesa Maria Tenisheva, quando publicaram a revista homônima (São Petersburgo. 1898-1904). Benua expôs anualmente com o grupo (1899-1905); neste período, ele escreveu e ilustrou vários livros, além de editar a revista mensal Tesouros da Arte Russa. Benois começou a trabalhar como cenógrafo desde o início do século: passou à Diretor Teatral (1907), na época da estréia da temporada russa, em Paris. Benua, viveu alguns anos na França (1895-1899), onde adotou o nome de Alexandre Benois; posteriormente ele viveu outro período (1906-1909), quando organizou com Diaghilev os Balés Russos [Ballets Russes] (Paris, 1909-1929). Artista extremamente dotado, Benois desenhou vários cenários para ópera e balé, como para a Semana Russa [Saison Russe], organizada por Diaghilev (Paris, 1907; 1908). Benois desenhou cenários e ricos figurinos para a ópera Bóris Godunov (1907), com música de Modest Mussorgsky (1839-1881). Para a Companhia Teatral S. P. Diaghilev (Paris, 1909-1929), Alexandre Benois (Alexandr Nikolaievitch Benua, 1870-1960) desenhou cenários e figurinos para As Silfides (1909; Fréderic Chopin, arranjo Stravinsky, dançou Vaslav Nijinsky); O Pavilhão de Armide [Le Pavillon d Armide] (1909, música de Anton Stepanovitch Arensky, dan;cou Nijinsky); Gisele [Giselle] (1910, música de Adam, dançou Nijinsky); Petrouchka (1911, música de Igor Stravinsky, dançou Nijinsky); O Canto do Rouxinol (Igor Stravinsky, 1914), e para a Ópera Philemon e Baucis, de Charles François Gounod (1915). Benois desenhou cenários e figurinos para a primeira apresentação do balé O Pavilhão de Armide [Le Pavillon d’ Armide] (1909). Esse balé foi idealizado pelo artista, que escreveu o libreto do drama em um ato e três quadros baseado em Omphalle, de Théophile Gauthier; a música foi de Nicholas Tcherepnin e a coreografia de Michel Fokine (1881-1942). O balé estreou no Teatro Mariinsky (São Petersburgo, 1907), tendo por regente da orquestra o maestro R. Drigo. O balé foi a primeira obra apresentada pelos Balés Russos. com a regência da orquestra pelo autor da música, N. Tcherepnin, na récita inaugural no Théâtre du Châtelet (Paris, 1909). Outro balé com desenhos de cenários e figurinos de Benois, foi As Sílfides [Les Sylphides] (1909), com música adaptada do Noturno em Fá Maior (Opus 15) de Fréderic Chopin, com arranjo de Igor Stravinsky (1882-1971). Na temporada seguinte Benois criou cenários e figurinos para Gisele (1910), com música de P. Ilitch Tchaikowsky; e, no ano seguinte criou cenários e figurinos para Petruschka (1911), com música de Igor Stravinsky. Benois continuou criando ambientação para um balé annual, como para O Canto do Rouxinol [Le Chant du Rossignol] (1914); e, no ano seguinte, para a ópera [Filemône et Bauci] de Charles Gounod, que estreou em Monte Carlo (1915). Benois asocial-se ao Teatro do Ermitage, em São Petersburgo, onde encenou seu primeiro trabalho A Vingança Amorosa [La Vendetta d’Amore, Mest’Amura], de A. S. Tairov, no MChAT I - Teatro de Arte de Moscou. Benois voltou a Rússia, quando encenou a obra de Alexandre S. Pushkin: O Festim no Tempo da Peste (1914), que dirigiu em conjunto com K. S. Stanislawsky, no Teatro Mariinsky, (Petrogrado, 1914). Logo após a Revolução Russa, através de suas relações nas mais altas esferas sociais e políticas, pré e pós-revolucionárias, Benois foi apontado como diretor do mais importante museu do país o Ermitage, que, devido as circunstâncias se encontrava acéfalo (1918). Benois aceitou e permaneceu no cargo durante poucos anos. Neste período, dirigiu A Dama de Piche [Pikovaja Dama], de P. I. Caikovsky, no Teatro Mariinsky (Petrogrado, 1921); e dirigiu As Núpcias de Figaro [Le Noce di Figaro] de P. A. Beaumarchais, no Grande Teatro Dramático (Leningrado, 1926). Devido ao início da implantação do dito, terror estalinista, Benois fugiu da U.R.S.S. e voltou à França (1926). Tornou-se decorador e cenógrafo importante no cenário europeu, tanto de espetáculos dos Balés Russos, que acompanhou até o final da companhia (1929, última temporada), como criou cenários e figurinos para outras importantes companhias teatrais. Para a Comédia Francesa [Comédie Française], Benois criou os cenários para a peça de Victor Hugo, Ruy Blas (1927). Para os Balés de Monte Carlo, de Ida Rubinstein, produziu a cenografia e figurinos para a Princesa Cisne, com música de Igor Stravinsky e para O Burguês Cavalheiro [Le Bourgeois Gentilhomme] (1932); cenografia para o importantíssimo Bolero (1934), música de Maurice Ravel (1875-1937), que Vaslav Nijinsky (1889-1950), foi o primeiro a coreografar e a dançar e que talvez seja o espetáculo de dança clássica mais conhecido no século XX, encenado no Gran Théâtre (Paris, 1934). Benois criou cenários e figurinos para O Baile de Cadetes [Le Bal de Cadets] (1940) e para o Balé Raymonde (1946). Para os Balés do Marquês de Cuevas, Benois criou cenários e figurinos para O Moinho Encantado [Le Moulin Enchantée] (1948); e criou cenografia para o Teatro Scala, em Milão, e para o Royal Ballet, em Londres. Paralelamente Benois continuou com a carreira de pintor: suas obras participaram das mostras da União de Pintores (São Petersburgo, 1903-1910). O artista tornou-se membro vitalício do Salão de Outono, em Paris. Benois escreveu vários livros: A Escola Russa de Pintura (1916); Reminiscências dos Balés Russos (1941) e Memórias (1960). A sua Sabrina, Nadja Benois, foi mãe do famoso ator de cinema internacional, lançado no cinema britânico, Peter Ustinov. Desenhos para obras cenográficas de Benois participaram das seguintes exposições póstumas: Mostra do Balé na Suécia (1980); Tesouros do Museu Alexey Bachrusín (Moscou, 1980); Mostra do Balé na Itália (1982); Duzentos anos do Legado Russo– Sueco (Moscou, 1983); Página da História do Balé Russo e Soviético (Grécia,1984; Espanha, 1985); Sipario Teatrale (Itália, 1984); Arte Russa e Soviética, 1870-1930 (Turim, 1989); Rússia 1900-1930, Arte Cenográfica [Rusia 1900-1930, l’Arte della Scena] (Milão, 1990); Arte Russa, (Oca, Parque do Ibirapuera, São Paulo, 11 junho -9 set., 2002); Sergey Diaghilev e a Cultura Artística Russa do século XIX e XX, no Museu Teatral Alexey Bachrusín, em Moscou. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: CATÁLOGO. ATTI, F. C. degli; FERRETTI, D. (Org.). Rusia, 1900-1930, L'Arte della Scenna. Milano: Galeria Electa. Moscou: Museu Bachrusín, 1990, p. 74. CATÁLOGO. KRENS, T.; GOVAN, M.; GUSEV, V.; PETROVA, E.; KOROLEV, I. WEBER, J.; GRASSNER, H.; LODDER, C.;.WEBER, J. The Great Utopia: The Russian and Soviet Avant-Garde, 1915-1932. Shirn Kunsthalle, Frankfurt: 01-10May, 12992. Stedelijk Museum, Amsterdam; Salomon R. Guggenheim Museum, New York. New York: Salomon R. Guggenheim Museum, Rizzoli, 1992, 732 p.: il., pp. 39-40. DICIONÁRIO. CHILVERS, I. The Concise Oxford Dictionary of Art and Artists. Edited by Ian Chilvers. Oxford: Oxford University Press, 1990. 517p, pp. 64-65. (Oxford reference) GIBSON, M. Symbolism: Figures du Moderne, 1905-1914. Köln: Taschen, 1995. 255p.: il., p. 229. SHEAD, R. Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989. 192p.: Il,.algumas color., 25 x 33 cm, pp. 10, 13-16, 22, 25-26, 38, 46-47, 74, 78, 80, 83,113, 125, 169.

No comments: