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Tuesday, June 2, 2015

BIOGRAFIA: TOYEN, Maria Cerminova (1902-1980).

BIOGRAFIA: TOYEN, Maria Cerminova (1902-1980). A artista nasceu em Praga (República Tcheca) e morreu em Paris (França); Toyen estudou na Academia de Belas Artes (Praga). Nesta época e no seu país a artista conheceu Jindrich Styrsky (1889-1942): ambos se associaram ao grupo vanguardista Dvetsil (1923). Os artistas foram viver juntos (Paris, 1925-1928), quando organizaram o movimento do Artificialismo, que não se tornou conhecido. Os artistas voltaram a viver em Praga (1928), onde Maria Toyen se tornou uma das principais artistas e fundadora do Grupo do Surrealismo Tcheco (1934), responsável pela inclusão de seu país no movimento das vanguardas artísticas internacionais. Toyen expôs com Styrsky, pela primeira vez, na Galeria de Arte Contemporânea e na Galeria Vavin, ambas em Paris (1927), cujo catálogo foi prefaciado por Phillipe Soupault (1897-1984). Toyen organizou a mostra Poesia (outubro/ novembro, 1932), na Galeria Mánes (Praga). Desta exposição participaram obras de muitos Surrealistas como H. Arp, M. Ernst, A. Giacometti, De Chirico, André Masson, Joan Miró, W. Paalen, G. L. Roux, Y. Tanguy associados, aos artistas tchecos da ramificação do grupo, como Emil Filla, A. Hoffmeister, F. Musika, B. Steffan, J. Sima, J. Styrsky, M. Toyen, A. Wochsmann e H. Wichterlová, entre outros. Toyen e seu grupo Surrealista receberam A. Breton e P. Éluard quando Breton proferiu palestra em Praga (1935). Obras de Toyen participaram da Exposição Internacional do Surrealismo (Londres, 1936), realizada na New Burlinghton Galleries com 300 obras de inúmeros artistas, organizada por E.L.T. Mesens, Roland Penrose e Herbert Read. Obras de Toyen participaram da mostra coletiva Álbum Surréaliste, no Salon Nippon (Tóquio, 1937); da Exposição Internacional do Surrealismo, na Galeria Beaux Arts (Paris, 1938), mostra itinerante à Galeria Robert (Amsterdã); e da Le Surrealisme en 1947 [O Surrealismo em 1947], realizada na Galeria Maeght (Paris). :Toyen voltou a viver em Paris com Jindrich Heisler (1914-1953) e permaneceu com o grupo parisiense dos Surrealistas até sua dissolução final, depois da morte de André Breton (1947-1966). Maria Toyen foi uma das mais destacadas artistas plásticas Surrealistas internacionais e suas obras originais apresentaram senso único de cor e composição, notável qualidade plástica além de muita personalidade, diferenciada das obras dos demais artistas do grupo. Os temas de Toyen privilegiaram elementos pintados separadamente, de modo ultra-realista, soltos sobre fundo liso. A figuração solta da artista mostrou elementos naturais como ovos, conchas, pedras, cristais, entre muitos outros como olho e cordas, tudo sobreposto harmoniosamente sobre fundo colorido de cor chapada como o verde esmeralda ou o vermelho brilhante, em composição equilibrada. Toyen passou o período da Segunda Guerra Mundial na clandestinidade; esta fase difícil serviu para marcar a evolução de sua obra. A artista executou três ciclos de desenhos: Les spectres du desert [Os espectros do deserto] (1937-1938); Tir (1939-1940) e Cache-toi, Guerre! [Esconda-se, Guerra!] (1944). Depois da guerra Toyen produziu Mythe de la Lumière [Mito da Luz]; Au Chateau La Coste [Ao Castelo a Costa], (1946); e La Belle Ouvreuse [A Bela Operária] (1957). Uma obra de Toyen esteve em exposição na mostra Surrealismo, no CCBB (Rio de Janeiro, 2001): La voix de la fôret [A Voz da Floresta] (1934, desenho/ papel, 72 cm x 32 cm, no acervo do Musée d'Art et d'Histoire de Saint-Denis). A obra de Toyen Melusine (1957) participou da importante mostra retrospectiva André Breton, La Beauté Convulsive [André Breton, a Beleza Convulsiva], realizada no MNAM (Paris) e se encontra reproduzida no catálogo da exposição (BEAUMELLE, 1991). A obra de Toyen Tous les Éléments [Todos os elementos], óleo/ tela, 70 cm x 106 cm), se encontra reproduzida (DUROZOI, 1997); e sua obra Relâche influenciada pela estética de René Magritte, se encontra reproduzida (CHADDWICK, 1986). O convite para a mostra individual de Toyen na Galeria L'Étoile Scelée [Estrela Cintilante], de Sophie Babet, bem como a fotografia da inauguração desta mostra com a presença de Max Ernst (1891-1976), René Magritte (1898-1967), E. L. T. Mesens (1903-1971) e Marie-Laure de Noailles (1902-1970), em Paris (1953; fotografia dos arquivos da Galeria Le Triskéle, Paris); a capa, de autoria de Marcel Duchamp (1887-1967), do catálogo da Exposition Internacional du Surréalisme Eros, na Galeria Daniel Cordier (Paris, 1959-1960), se encontram publicadas (BIRO, 1982). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: CHADWICK, 1986, p. 243, ils. pranchas XI e XIV. CATÁLOGO. BEAUMELLE, A. de la; MONOD-FONTAINE, I.; SCHWEISGUTH, C. André Breton: La Beauté Convulsive. Paris: Musée National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, 1991, pp. 445, 449. BIRO, A.; PASSERON, R. Dictionaire général du surréalisme et ses environs.:sous la diréction de Adam Biro et René Passeron. Genève – Paris: Office du Livre et Presses Universitaires de France, 1982. 464p.: il., retrs., pp. 157-160, 246, 328. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., p. 623. LISTAGEM GERAL das obras da mostra Surrealismo. Rio de Janeiro: CCBB, 2001 PIERRE, J. L'Univers Surréaliste. Paris: Éditions d'Art Aimery Somogy, 1983, p. 330.

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