Translate

Friday, May 25, 2012

BIOGRAFIA: DELAUNAY, Sonia Delaunay-Terk (1886-1979).

A artista nasceu em Giridisce, Ucrânia; ele viajou para Paris na companhia do critico e arte e galerista alemão Wilhem Uhde. Sonia Terk expôs suas pinturas em Paris (1907); a artista se casou com Robert *Delaunay e ficou conhecida como Sonia Delaunay. O casal viveu alguns anos em Madrid, onde recebeu nos seus salões grande número de artistas em encontros e reuniões calorosas. Os Delaunay voltaram a viver em Paris (1919-) onde sua residência tornou-se importante ponto de encontro de sua geração de intelectuais, como Albert Gleizes, André Lhote, Marc Chagall, Jacques Villon, Tristan Tzara, Philippe Soupault, André Breton, além de senhoras da alta sociedade, atrizes, bailarinas e cantoras. Sonia Delaunay fez sucesso com seus tecidos pintados a mão, com Tapeçarias de desenho abstrato, jóias esmaltadas e  vestidos originais, que ela apresentou na Exposição Internacional das Artes Decorativas e Modernas, dita, Exposição Universal (Paris, 1925). A artista foi convidada e pintou com seus desenhos criativos o carro de luxo, do ultimo tipo, cuja fotografia se encontra reproduzida (DALE, 1988).

A artista participou como pintora e organizadora da mostra Novas Realidades [Realités Nouvelles], que ela organizou, reunindo tendências Abstratas na Galerie Charpentier (1939); ela organizou a mostra de Arte Concreta, na Galerie Drouin (Paris, 1945). A artista participou de inúmeras exposições internacionais como a Primeiros Mestres da Arte Abstrata, realizada na Galerie Maeght (Paris, 1949).

A arte de S. Delaunay foi influenciada pela pela luminosidade e alegria penetrantes do Cubismo Órfico ou Orfismo de Robert Delaunay; pela paleta de cores dos artistas do Grupo (Francês) do Fauvismo; e pela obra de Paul Gauguin. Sonia Delaunay expôs na Galeria Rose Fried (Nova York); na Galeria Bing (Liège, Bélgica, 1954). A artista ilustrou o  livro de poemas de Blaise Cendrars, A Prosa do Transiberiano e a pequena Joana da França [La prose du Transiberien et la petite Jeanne de France] (1913); ela ilustrou o livro de Jacques Damase, Ritmos – Cores [Ritmes – Couleurs] (1966), entre muitas outras obras. 

Nas Artes Aplicadas S. Delaunay produziu Tapeçarias Artísticas abstratas em edições numeradas (01-06), tecidas pelos Ateliês dos Gobelins. A artista produziu jóias modernas em ouro e esmalte, tudo com coloridíssimas formas que foram caracteristicas de sua obra, que empregou o vermelho e o azul predominando sobre outras cores como os verdes amarelados, acrescidas de grafismos em preto. Sonia Delaunay desenhou tapetes, cartas de baralho, toalhas de mesa; figurinos para para a peca teatral de Luigi Pirandello, Seis personagens à procura de um autor; costumes para Cléopatra, cuja nova cenografia foi desenhada por Robert Delaunay, balé encenado pelos Balés Russos de S.  Diaghilev cujos primeiros cenários e figurinos foram destruídos em incêndio na viagem à América do Sul (1917); ela desenhou a cenografia e figurinos para o filme Le Petit Parigot (1926) no qual também estampou os tecidos para os costumes dos dançarinos. Na alta sociedade francesa S. Delaunay foi muito celebrada, especialmente por sua arte aplicada ao vestuario, à estamparia, ao têxtil criativo,  ao figurino e as jóias esmaltadas.          

Nas Artes Plásticas destacamos a obra de S. Delaunay Prismas Elétricos (óleo/ tela, 1914, acervo do MNAM, em Paris), que se encontra reproduzida (HELLER, 1997); sua fotografia no ateliê, bem como a dos desenhos do livro de poemas de B. Cendrars (1913), bem como a fotografia da Instalação de Sonia e Robert Delaunay na Exposição Universal, realizada no Palais de l'Air (Paris, 1937), que se encontram reproduzidas (RAGON, 1992).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

ARGAN, G. C.; VINCA-MASSINI, L. (Biogr.). Arte Moderna. Tradução de Denise Bottman e Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. 709p., p. 660.

ARTIGO. DALE, H. Sonia Delaunay. Los Angeles: Architectural Digest, Dez., 1988, pp. 70, 74, 82.

HELLER, N. Women Artists: an Illustrated History. 3a ed. New York - London - Paris: Abeville, 1997, p. 122.

LÉVÊQUE, J-J. Le triomphe de l'art moderne: les Anées Folles. Paris: A. C. R.  Éd. Internationalles, 1992. 624p.: il., retrs., p. 265.

RAGON, M.. Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., pp. 21, 47-48.



No comments: