PRINCIPAIS REVISTAS PUBLICADAS PELAS VANGUARDAS RUSSAS E SOVIÉTICAS, 1900-1932.
A revista Anarkhia (Moscou, 1917-1918), foi lançada pelas vanguardas moscovitas e editada por Aleksandr Rodchenko. Essa publicação representou a primeira abertura cultural depois da Revolução Russa, e publicou textos de escritores e artistas plásticos consideradoscomo pertencentes ao Grupo dos Anarquistas, como o Grupo dos Comunistas-Futuristas (v.), formado com o burocrata da [OPOÏAZ], Osip Brik, com V. V. Mayakowsky, Aleksey Gan, Kasimir Malevitch e Vladimir Tatlin, entre outros. Na revista foi publicado o artigo Sejamos Criadores [Budtie vortsami], de autoria de A. Rodchenko (n. 61, 17 maio, 1918), além de publicar um artigo de Kasemir Malevich sobre a primeira mostra da União de Pintores Profissionais (n. 89). A revista foi ilustrada com desenhos de Olga Rozanova.
ALBERA, F. Eisenstein e o construtivismo russo - A dramaturgia da forma em "Stuttgart". Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac e Naify, 2002, pp. 24 n. 08, 178.
A revista Apollon (São Petersburgo, 1909-1917) foi porta-voz das vanguardas russas. A publicação foi editada por dez números pelo poeta Sergey Konstatinovich Makovich (1877-1962), que contou com a colaboração de Wassily Kandinsky (1866-1944), durante o período em que o artista viveu na Rússia (1914-1922). No final de cada ano o grupo editorial publicou o Almanaque Literário. A revista, que abrangeu as artes de um modo geral, foi fartamente ilustrada e se transformou no forum dos artistas, escritores e poetas do movimento Simbolista russo: foram colaboradores os escritores Anensky, Briussov, Blok, Ivanov e Tchulkov. Quando os Futuristas italianos lançaram o Manifesto dos pintores, assinado por Carlo Carrà, Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Luigi Russolo e Gino Severini (Milão, 1910), a tradução foi publicada na Apollon (julho–agosto, 1910). Um pouco mais tarde a revista mudou a orientação, e acolheu algumas das correntes opostas ao Simbolismo, como a Acmeísta (1914-; v. Acmeísmo).
ENCICLOPÉDIA. CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, p. 273.
ARGUS [ARGUS: DA MITOLOGIA GREGA].
A revista Argus (Moscou, 1912-1913) publicou o manifesto de Mikhail Larionov e Ilya Zdanevich: Porque pintamos a nós mesmos (1913). Foi essa mesma revista que divulgou a primeira manifestação de Arte Corporal (v.), das vanguardas internacionais no século XX. A revista publicou artigo sobre o movimento de resgate da arte da pintura facial e corporal, com símbolos e letras associados às imagens de signos abstratos. O lançamento do movimento do grupo foi com a passeata dos artistas com as caras pintadas pelo centro de Moscou, o que causou grande controvérsia e impacto (1913). A revista publicou fotografias do grupo (1910-), que além dos citados incluiu David Burliuk, Natália Gontcharova, Mikhail Le Dantu, e Maria Tomilina Larionova, com rostos e mãos pintadas no novo estilo tribal das vanguardas russas. Essa fotografia se encontra reproduzida (KOVTUN, 1998: 43), além de outra, que apresentou David Burliuk com a cara pintada, na companhia de V. V. Mayakovsky que vestia o figurino desenhado por ele mesmo. A fotografia se encontra publicada (POMORSKA, 1993: 54).
KOVTUN, Y. Larionov. Translated by Paul Williams. Bournemouth, England: 1998, p. 43.
POMORSKA, K. Formalismo e Futurismo. São Paulo: Perspectiva, 1993, p. 54.
Vários escritores armênios, juntamente com o poeta Igor Terentiev(1892-1941), publicaram durante curto período o Diário 41 (Tiflis, c. 1917). As atividades do grupo foram resumidas na antologia intitulada Para Sophia Melnikova, o Pequeno Cabaré Fantástico, publicada parcialmente em russo, como os textos de autoria de N. Kruchenyikh, Igor Terentev e Ilya Zdanevich, e parte em armênio, como os textos de P. Jashvili, T. Tabidze, Grigol Rokabidze e Kara-Darvish. A antologia foi composta com esplêndida tipografia recheada de inovações, ilustrada com o espírito irônico característico do Dadaísmo internacional, ilustrada pela vanguardista Natália Gontcharova, artista plástica e depois esposa de Mikhail Larionov; Ilya Zdanevich e Gudiashvili. Na capital Armênia foi editada pelo poeta Victor Korneiev a revista Feniks (Tiflis, 1919); e as revistas Kuranty e Os Chifres Azuis (v.).
CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 590.
G MATERIAL FÜR ELEMENTARUM GESTALTUNG [G MATERIAL PARA CONSTRUTIVISMO ELEMENTAR].
A revista G Material für Elementarum Gestaltung (Berlim, 1923-1926) publicou seis números (01–05/ 06); seu editor foi o pintor e cineasta Hans Richter (1888-1976). O artista se associou ao grupo dos Dadaístas reunidos na Suíça (Zurique, 1916–1919) e se tornou o fundador do grupo alemão de mesma filosofia, dito, Artistas Radicais. A letra G representava a palavra Gestaltung, que apresenta grande diversidade de significados em alemão, mas que pode ser traduzida como Construtivismo. Um dos colaboradores da publicação foi o artista radical George Grosz, um dos maiores ilustradores das revistas alemãs, que suportava, da melhor maneira possivel a vida lado a lado com os irmãos Herzefeld (v. Editora Malik [Malik Verlag]).
RICHTER, H. Dada Art and Anti-Art. London: Thames & Hudson, 1965, p. 113.
GAZIETA FUTURISTOV [GAZETA FUTURISTA].
Foi publicado um único número da revista Gazieta Futuristov(Moscou, 15 mar., 1915), da qual foram seus editores Vladimir Mayakovsky, David Burliuk e Nicolay Kamensky. A publicação marcou o período Futurista na arte russa, opondo sua liberdadecontra o autoritarismo vigente no país. Quando os vanguardistas fundaram a dita, Federação dos Futuristas, publicaram na Gazeta Futurista a Carta aberta aos trabalhadores declarando ser o movimento Futurista russo a contrapartida estética ao Socialismo. A arte, para V. V. Mayakovsky e seus amigos vanguardistas, deveria ser viva, visível, política e efetiva, sem que fôsse submissa ao Estado soviético.
GASSNER, H. The Construtivism: modernism on the way of modernization. Apud The Great Utopia. The Russia and Soviet Avant-Garde. Frankfurt: Schirn Kunsthalle. Amsterdam: Stedelijk Museum. New York: Salomon R. Guggenheim Museum, 1992, p. 303.
A revista de cinema Kino (Leningrado, 1927-1928) publicou o texto Nosso Outubro (n. 12, 13 de março de 1928), de Sergey Eisenstein, cuja tradução francesa foi publicada no jornal Le Monde (n. 06, Paris, 14 julho, 1928). O texto provocou confusão com outro artigo do mesmo autor, Nosso Outubro. Para além do encenado e do não-encenado, também publicado em Kino (n. 13, 20 março, 1928), igualmente traduzido para o francês e publicado como Au-delà des étoiles [Para além das estrelas].
A revista de cinema Kinogazeta (Moscou, n. 45, 12 jan., 1926), publicou a crítica ao filme O encouraçado Potemkin de Eisenstein, enfocando a nova moda, dita, do cinema de encomenda social. A Kinogazeta declarou que o cineasta recebeu a encomenda que permitiu a realização do filme, citado como processo de evolução da Revolução Bolchevique, no seio da qual ele se transformou em artista conceituado.
ALBERA, op. cit., 2002, pp. 25 n. 10, 260.
A revista Lef (Moscou, 1923-1925) foi publicada com a colaboração de vários escritores e artistas vanguardistas, ilustrada com Fotomontagens de A. Rodchenko. Essa revista engendrou a plataforma Produtivista, desenvolvida pelo Grupo geral de Análise Objetiva, que funcionou no interior do Instituto Estatal de Cultura Artística [GINKhUK] (Moscou, 1920-1924; v.), da qual Nicolay Tarabukin foi secretário acadêmico (1921-1924).
O lançamento da Lef foi apoiado na popularidade de V. V. Mayakovsky: a primeira tiragem da revista foi bastante elevada para publicação das vanguardas: 5000 (1923). No ano seguinte seu terceiro número foi publicado com 3000 (1924); e, finalmente, somente foram publicados dois números no último ano, com a tiragem de 1500 (1925).
O movimento Produtivista surgiu no último trimestre de 1921. A plataforma do grupo Construtivista foi engendrada nas atividades dos núcleos de pesquisa e debate do Instituto Estatal de Cultura Artística [GINKhUK] e da Sociedade dos Jovens Artistas [OBMOKhU] nos Estúdios Superiores de Arte e Técnica [VKhUTEMAS], e no Instituto Superior de Arte e Técnica [VCHUTEIN] (1918-1930) (v.). Os debates Construtivismo versus Produtivismo surgiram nesses mesmos centros artísticos: foram difundidos em várias publicações, como a revista Lef. Vários teóricos e escritores Produtivistas foram associados ao Grupo (Soviético) da Frente Esquerdista das Artes [LEF], como Nicolay Tarabukin (1889-1956), Osip Brik (1888-1945), Bóris Arvatov (1896-1940), Bóris Kushner (1888-1937) e Alexsey Gan (1889-1940). Os escritos de Tarabukin chegaram ao Ocidente traduzidos para o francês, o inglês e o espanhol, embora com difusão bastante limitada. Escritos de Velimir Khlebnikov (1885-1922), foram publicados na Lef: ele se destacou nas vanguardas russas, foi criador da linguagem transracional Zaum (v.).
Depois que a revista Kino Fot [Cine Foto] publicada por Aleksey Gan, fechou as portas (1925), a Lef abriu grandes espaços para o Cinema das vanguardas russas. Na publicação foram publicados textos de autoria dos cineastas Dziga Vertov (Denis Arkadimich Kaufman, 1896-1954) e Lev Kuleschov (1899-1960). A revista publicou manifestos de Vertov e Sergey Eisenstein; além do texto do primeiro manifesto de Eisenstein, A montagem das atrações (n. 03, 1923). Outro manifesto do mesmo Eisenstein, o segundo, posteriormente traduzido por Alexandre Belenson como A montagem das atrações no cinema [Le montage des attrations au cinéma], foi publicado no exterior na revista Cinéma d’Aujourd’hui (Paris, 1925). Somente no final do século XX a coletânea de A. Belenson foi lançada traduzida completa (in Selected Works: vol. 1, writtings 1922 - 1934. London, 1988).
A revista Lef organizou várias mesas-redondas sobre Cinema contando com a participação de Osip Brik, do teórico formalista Viktor Chkloski, entre outros escritores cineastas, críticos e teóricos, vários dos associados ao Grupo (Soviético) da Sociedade de Estudo da Linguagem Poética [Opaïaz] (v.). A revista que sucedeu a Lef foi a Novy Lef (Moscou, 1927-1928; v.).
ALBERA, op. cit., 2002, p. 32 n. 9.
HULTEN, et al., op. cit., 1986, pp. 590-591, 610
–611.MARTINS, L. R., op. cit., pp. 57-71.
POMORSKA, K., op. cit., p. 128.
MIR ISKUSSTVA [MUNDO DA ARTE].
A revista Mir Iskusstva (São Petersburgo, 1ª fase, 1889-1904; 2ª fase, 1910-1924). Na sua primeira fase a revista foi publicada durante cinco anos, até perder o patrocínio da princesa Maria Tenisheva. A publicação acompanhou as mostras de arte homônimas do grupo artístico organizado por seu editor, Sergey Diaghilev: nessa primeira fase sua orientação editorial se mostrou favorável ao estilo Art Nouveau [Arte Nova] e foi o forum para os artistas do grupo russo Mundo da Arte (v.).
A revista Mir Iskusstva foi a ponte de ligação que estabeleceu o vínculo entre as comunidades artísticas de Moscou e São Petersburgo. Publicada por Sergey Diaghilev, futuro empresário dos Ballets Russes (Paris, 1909-1929), conseguiu para a revista a colaboração dos maiores escritores, poetas e artistas plásticos da época, como Léon Bakst, que, mais tarde, se tornou o mais destacado cenógrafo de seus balés, de Alexandre Benois e Igor Grabar. A revista deixou de ser publicada durante alguns poucos anos (1904-1909), mas assim que Diaghilev conquistou suas platéias no Ocidente, ele reativou a Associação de Artistas Mir Iskusstva e voltou a publicar a revista, até o ano da Revolução Russa (1910-1917). Durante estes anos a publicação exerceu sua forte influencia sobre a arte das vanguardas russas, que divulgou nacional e internacionalmente.
NOV [NOVO].
A revista Nov (Moscou, 1914), sustentou a polêmica em relação a visita do italiano mentor do movimento Futurista, F. T. Marinetti. O escritor visitou a Rússia pouco antes da I Guerra Mundial, quando ele proferiu palestras no Cabaré Cachorro Viralata de Nicolay Kulbin e visitou mostra de arte (fev., 1914). A Nov publicou a carta crítica assinada por Bolshacov, V. Mayakovsky e Vadim Shershenievich, contrária ao escritor russo.No entanto, apesar das críticas, esses artistas bem como a maior parte dos vanguardistas, compareceram a recepção que o autor italiano ofereceu, conforme mostrou a fotografia que se encontra publicada (HULTEN, 1986: 498). Na fotografia podemos reconhecer os principais mentores das vanguardas russas, na primeira fila ao lado de Marinetti estavam V. Tatlin e N. Goncharova e vemos M. Larionov e V. Mayakovsky de pé, na frente do grupo, notadamente constrangidos. Nessa ocasião, Marinetti convidou os artistas russos para enviarem obras para mostra que ele organizou, a dita, Primeira Mostra Futurista Livre (Roma, maio de 1914): obras de Olga Rozanova, participaram dessa exposição.
HULTEN, et al, op. cit., 1986, p. 498.
NOVOYE RUSSKOYE SLOVO
O pintor Impressionista russo Bóris Dmitryievch Grigoriev (1886-1939), publicou seu poema Russia no jornal bilingue, russo e americano, Novoye Russkoye Slovo. O poema foi a reflexão de sua famosa série de pinturas Russia (Raseja Russian: Расея] no qual pintou os camponeses e a vida rural do país (1916-1918). Esse álbum lançou o poema de Grigoriev, Aos netos, e recebeu a crítica elogiosa do influente artista Alexandre Benois, um dos organizadores do Grupo do Mundo da Arte [Mir Iskusstva], do qual Grigoriev participou. De acordo com Benois, Grigoriev havia mostrado a verdadeira essência do país no período anterior ao da Revolução Russa. Depois de viajar por vários países, como a França, a Finlândia, a Alemanha e os Estados Unidos, Grigoriev escreveu o poema America, somente publicado em 2003 (America. Russia: A. Klevitsky (ed.), 2003[Новый Журнал» 2003, №231]. Grigoriev faleceu em Cagnes-sur-mer (França, 1939; v. Grupo (Russo) dos Impressionistas e Grupo (Russo –Soviético) do Mundo da Arte).
INTERNET. From Wikipedia, the free encyclopedia. 06 dez., 2009. Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/Boris_Grigoriev> Acesso em 1º mar., 2010.
NOVY LEF [NOVA FRENTE ESQUERDISTA DAS ARTES].
A revista Novy Lef (Moscou, 1927–1928), sucedeu a publicação da Lef (1923–1925), publicada pelo mesmo grupo com a participação de V. V. Mayakowsky, Osip Brik, Alexandr Rodtchenko e tendo como colaboradores Esfir Schub, Victor Chkolovski, Boris Arvatov e Viktor Pertsov, entre outros. Na Novy Lef o burocrata Osip Brik atacou frontalmente o cineasta Eisenstein, depois da estréia de seu filme Outubro (1926-1927), acusando-o de falsificação do personagem Lenin (Novy Lef, n. 11-12, 1927). Mayakowsky também criticou abertamente o Lenin do cineasta russo, no texto publicado na revista KINO (Cinema, 1927). Essa grande controvérsia a respeito de Outubro fez com que Eisenstein criticasse abertamente Mayakowsky nas notas que publicou, considerando-se desde o lançamento do seu filme na lista dos “desertores” da revista (abr. - maio, 1940). Eisenstein declarou: “Não sou um adepto da Novy Lef e dou-lhe as costas” e, “...em pouco tempo a Novy Lef estará aos pedaços” (Iskusstvo Kino, n. 01, 1958; tradução francesa in Les Lettres Françaises, n. 178, 17 abril, 1958).
A revista Sovrenennaïo Arkhitektura (Moscou, n. 03, 1928), foi associada ao artista Construtivista Aleksey Gan. A revista publicou no terceiro número o artigo O que é Construtivismo?quando Gan atacou o grupo dos Produtivistas russos, Aleksander Rodchenko, Várvara Stepanova e os irmãos Sternberg, que assinaram o Manifesto do Produtivismo. Esse documento foi resultante da bem sucedida manipulação do grupo dos primeiros artistas Construtivistas pelo misto de escritor e burocrata Osip Brik, que transformou-os nos Produtivistas, operários da arte soviética. Brik, que se tornou o principal porta-voz do Partido Bolchevique, associou-se ao grupo Construtivista das vanguardas da arte soviética, do qual Gan participou nas VChUTEMAS. Brik buscou conquistar a adesão dos artistas para a nova estética utilitária, da arte aplicada a produtos, como louça cerâmica, porcelana, estamparia de tecidos, confecção de uniformes, desenho gráfico, além de outros utilitários vendáveis, oferecendo lucro imediato a seus produtores, no caso o Estado russo. O artigo citado de A. Gan foi originalmente publicado na revista Lef (n. 01, 1923). (V. Construtivismo).
O artista plástico, editor e aviador Nikolay Kamensky dedicou-se à literatura e editou a revista Vesna, onde publicou textos de vários escritores, ditos, Futuristas russos, como Victor Shklowsky, Nicolai Aseev e principalmente de seu amigo o escritor Futurista Velimir Khlebnikov.
VESY.
Essa revista Vesy(Moscou, 1904-1905) foi importante para as vanguardas russas pois divulgou o Simbolismo. A revista recebeu influências internacionais através de seus correspondentes: o francês René Ghil publicou na Vesy mais de 40 artigos sobre o desenvolvimento do movimento citado na França. A revista recebeu a influencia do poeta Simbolista russo A. Briussov e publicou os artigos dos escritores e teatrólogos belgas, como Maurice de Maeterlinck e Émile Verhaeren.
CASSOU, op. cit., 1988, p. 278.
A revista Zolotoye Runo(Moscou, 1906-1909), que queria rivalizar com a Mir Iskusstva [Mundo da Arte], foi patrocinada pelo mecenas e negociante de quadros, N. P. Riabouchinski. O patrono reuniu artistas e escritores Simbolistas ao redor de seu editor, o escritor Alexandre Blok. A publicação patrocinou duas mega-exposições de arte, quando reuniu os maiores artistas internacionais, trazendo à Rússia as obras dos principais vanguardistas franceses, dos grupos Impressionista e Pós-Impressionista, expostas conjuntamente com as obras mais modernas dos artistas russos (Moscou, 1908-1909). Na última mostra que a revista patrocinou somente foram apresentadas obras de artistas das vanguardas russas (Moscou, 1910). Desde o lançamento essa revista publicou artigos em russo bem como em francês.
No comments:
Post a Comment