1911-1913-GRUPO (INTERNACIONAL)DO CAVALEIRO AZUL [DER BLAUE REITER] (Munique - Berlim, 1911-1913).

GRUPO (INTERNACIONAL) DO CAVALEIRO AZUL [DER BLAUE REITER] (Munique - Berlim, 1911-1913). Destaques, MARC, Franz, August MACKE, Wasily KANDINSKY, Marianne VON WEREFKIN e Gabrielle MUNTER. A cidade de Munique brilhou social e culturalmente sob os Príncipes Regentes, e, logo no início do século, foi em Munique que Wassily Kandinsky (1866-1944) instalou sua Escola de Arte Palanx (1901-1904). A cidade abrigou, pouco depois, o grupo mais importante do Expressionismo alemão, o do Cavaleiro Azul [Blaue Reiter], igualmente liderado por Kandinsky. Na época em que ocorreu o movimento dos vanguardistas, este não obteve o sucesso esperado; e, foi somente décadas depois que Munique passou a reclamar as glórias desta sua contribuição às artes (1945-). Esse Grupo (Internaional) do Cavaleiro Azul, liderado por artista estrangeiro, o russo Kandinsky, na época foi apenas tolerado - como corpo estranho - no seio da sociedade fechada e elitista. Munique perdeu a hegemonia cultural para Berlim na década de 1920-1930, que, por uma década equiparou-se a Paris como capital das artes das vanguardas européias. Anteriormente, o grupo mais destacado das primeiras vanguardas artísticas européias do século XX, foi o Grupo da Ponte [Die Brücke] (Dresden, 1905-1910; Berlim, 1910-1913, v.). A primeira mostra do Grupo do Cavaleiro Azul ocorreu na Galeria Tannhauser (Munique, 18 dezembro, 1911). No ano seguinte ao da fundação do coletivo, o artista alemão Franz Marc (1880-1916) se associou, juntamente com August Macke (1887-1914) e o russo Alexei von Jawlensky (1864-1941). Participaram Marianne von Werefkin (1860-1938), Lyonel Feininger (1871-1956), Gabrielle Munter (1877-1962), Alfred Kubin (1877-1959), Paul Klee (1879-1940), Heinrich Campendonck (1889-1957) e Arnold Schönberg (Franz Walter, 1874-1951), entre outros. Participaram do grupo de convidados internacionais associados ao grupo alemão: Emil Nolde (1867-1956), David Burliuk (1882-1967), Vladimir Burliuk (1886-1917) e Egon Schiele (1890-1918), que expuseram com o grupo em 1911; e Kazimir Malevich (1878-1935), André Derain (1880-1954), Mikhail Larionov (1880-1964) e Natália Gontcharova (1881-1962), Pablo Picasso (1881-1986), Robert Delaunay (1885-1941), Roger de La Fresnaye (1885-1925), que expuseram com o grupo em 1912. Kandinsky preparou com artistas associados o Almanaque do Cavaleiro Azul, lançado com 1500 exemplares por ocasião da segunda mostra do Grupo (Internacional) do Cavaleiro Azul, inaugurada na Galeria Hans Goltz (Munique, março, 1912). No mesmo ano Kandinsky lançou seu livro Do Espiritual na Arte (Munique, 1912. São Paulo: Martins Fontes 1990. 1996. 2ª tiragem, 2000) e sua obra se transformou na campeã de traduções por todo o mundo. Kandinsky também publicou seu artigo A Compreensão da Arte, na revista Der Sturm (n. 03, 1912). A localidade de Sindelsdorf, no sopé do lado alemão dos Alpes, tornou-se o local preferido do coletivo, de onde organizaram a segunda mostra do Cavaleiro Azul. Para essa exposição foram convidados os artistas do Grupo da Ponte [Die Brücke], que estavam vivendo em Berlim (1910-), e organizaram a primeira edição do Almanaque do Cavaleiro Azul (Blaue Reiter Almanach, 1912). A terceira mostra do grupo foi na Sala Especial, destacada no único Salão de Outono Alemão (Berlim, Galeria da Tempestade, 1913; v.). Quando chegou a Primeira Guerra Mundial (1º agosto, 1914), ocorreu a verdadeira tragédia; entre os alemães convocados estavam Macke, que morreu logo no inicio do conflito (26 setembro, 1914); e Marc, que faleceu poucos anos depois na batalha do Castelo de Gussanville (Verdun, França, 04 março, 1916), ambos em território estrangeiro. Kandinsky estava em Murnau quando foi declarada a guerra e, considerado inimigo estrangeiro, foi deportado. Quando o artista foi obrigado a deixar o país, viajou para a Suíça (03 agosto, 1914); e, de lá, viajou para seu país natal, a Rússia. Durante o período de duração do Grupo (Internacional) do Cavaleiro Azul, vários artistas expuseram individualmente na mesma região alemã. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: CATÁLOGO. Gravura Expressionista Alemã. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1977. CATÁLOGO. HELFEINSTEIN, J. Paul Klee. São Paulo: 23ª Bienal Internacional de São Paulo, FBSP/ Fundação Bienal de São Paulo, 1996, p. 366. CATÁLOGO. HERZOGENRATH, W. 50 Jahre Bauhaus. Tradução de Karl Georg Bitterberg. Stuttgart: Institut für auslandsbesiehungen, 1968,.251p.: il., 22 x 22 cm, p. 243. CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L;. CAUMONT, J;.CELANT, G;. COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE; MARIA, L. 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