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Saturday, November 9, 2013

1917-1922-GRUPO DO FORMISMO OU EXPRESSIONISMO (POLONÊS) [FORMISCI] (Cracóvia, Varsóvia, Poznan e Lvov).

GRUPO DO FORMISMO OU EXPRESSIONISMO (POLONÊS) [FORMISCI] (Cracóvia, Varsóvia, Poznan e Lvov, 1917-1922). O grupo promoveu a reação marcante contra a arte oficial, voltada para o Academicismo: essa postura de vanguarda fez com que sua influencia permanecesse durante prolongado período na arte polonesa, até perto da Segunda Guerra Mundial. As teorias que nortearam as obras do grupo foram formuladas por Stanislaw Ignaty Withiewicz (1885-1939), que valorizou a autonomia da obra de arte e sua gênese psicológica, dada como ponto de partida de suas obras antinaturalistas. Desde o momento de sua fundação o Grupo Formista foi bastante ativo, organizou inúmeras exposições, promoveu palestras, lançou propostas filosóficas e publicou a nova Teoria da Arte. As obras nas Artes Plásticas associaram elementos retirados dos principais movimentos das vanguardas européias do início do século XX como o Expressionismo, o Cubismo e o Futurismo, associados à influência do folclore polonês. O Futurismo (HULTEN, et al., 1986), foi introduzido na Cracóvia e apresentado na mostra conjunta das vanguardas polonesas (Lvov, 1913). O Grupo (Polonês) do Formismo se formou quatro anos mais tarde e foi apresentado com significativa mostra das obras das vanguardas polonesas (1917)   Os expoentes destacados nas artes foram o artista plástico, filósofo, pintor, escritor e matemático Leon Chwistek (1884-1944); o pintor e escritor Tytus Czyzewski (1885-1945), além de Konrad Winkler (1882-1962) e os irmãos Andrzej Pronaszko (1888-1961) e Zbgniew Pronaszko(1885-1958), sendo considerado o principal escultor do grupo August Zamoyski(1893-1970), entre vários outros artistas. O movimento fundado na Cracóvia (Lvov) atingiu outras cidades, como Varsóvia e Poznan. Os Formistas trabalharam ativamente para modificar inúmeros campos da vida cultural e artística polonesa: o grupo publicou a revista Formisci [Revista dos Formistas], lançando o primeiro número (outubro, 1919), organizou exposições e promoveu palestras sobre Filosofia e Teorias da Arte. A primeira importante mostra Formista reuniu 70 obras, sendo 30 pinturas, na maioria resultado de pesquisa de estilo nacional (04 novembro, 1917). As pinturas apresentaram influências Futuristas, Dadaístas e mesmo Expressionistas, combinando signos e cores sem relação com a realidade, como nas obras da fase extremamente criativa do pintor e escritor Tytus Czyzewski. O artista criou obras tridimensionais, construídas com madeiras multicoloridas aplicadas à superfície das pinturas. Czyzewski escreveu poemas que chamou de Formistas, no espírito original de suas pinturas, Visões Elétricas (1920); Dia-noite (1922); A Serpente; Orfeu e Eurídice, reunidos na coletânea OlhoVerde. Esses poemas não eram Caligramas (v. G. Apollinaire), nem Palavras em Liberdade (v. Marinetti), mas apresentavam efeitos gráficos e tipográficos originais, que lembravam obras de Francesco Cangiullo (1884-1977) e Pierre-Albert Birot (1876-1967). Posteriormente, na década de 1920-1930, o artista se associou aos Construtivistas soviéticos (SF, apud HULTEN, et al., 1986). No início da década de 1920 o grupo recebeu a adesão de Yan Porzudkowski (Varsóvia, 1886-1968), pintor que lançou a revista Czartak. Em meados da década esse artista se tornou caricaturista renomado, quando seus desenhos de humor foram publicados na revista Mucha (1924-). Obras do artista participaram de duas mostras coletivas do Grupo dos Formistas, no Salão Garlinski e na Exposição F 9 (1922) (SZ, apud HULTEN, et al., 1986; 541). A terceira mostra Formista realizou-se na Cracóvia, quando foram publicados o artigo teórico de Leon Chwistek e, de Tytus Czyzewski, a poesia Formista (1921). Após a dissolução dos Formistas (1922), formou-se, em seguida, o Grupo (Polonês) dos Oito [Blok] (Varsóvia, 1924-1926; v.), substituído depois pelo Grupo Praesens (Varsóvia, 1926-1929), ambos fundados pelo russo Wladislas Maximi Cyanovich Strzheminsky (1893-1958), com a participação de sua esposa, Katarzina Ecaterina Kobro (1898-1951). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.; CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.;LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. GuggenheimMuseum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 486,448,458,541.

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