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Tuesday, April 15, 2014

ARTE CÉZANISTA, ARTE PROCESSUAL OU ARTE DO PROCESSO (França: Paul Cézanne e Rússia, na primeira fase do Construtivismo, a fase dita, de Laboratório, 1919-1921).

ARTE CÉZANISTA, ARTE PROCESSUAL OU ARTE DO PROCESSO (França: Paul Cézanne e Rússia, na primeira fase do Construtivismo, a fase dita, de Laboratório, 1919-1921).

 
A dita, Arte Processual se iniciou na França com a obra de Paul Cézanne: o artista foi o primeiro que lançou o seu olhar sobre a estrutura material real da tela. O artista saía para trabalhar ao ar livre, acompanhado de seu amigo de juventude e de sempre, Camille Pissarro (1830-1903).


Cézanne passou a colocar na superfície da tela suas pinceladas modulares, dispostas regularmente em pequenos blocos ou séries de blocos, marcando a descontinuidade do tecido pictórico, e esses elementos se desenvolveram na posição de vetores, com orientações diversas, apresentando várias intermitências e lacunas nos campos de cores, sendo que, em alguns locais, a superfície de tela assomava nas partes não pintadas. Cézanne buscava desconstruir o que até então estava firmemente estabelecido na arte pictórica, a hegemonia das regras de composição. Cézanne estabeleceu a sua nova tomada de consciência materialista, e, segundo MARTINS (2004: 64), ele depurou a forma processual na sua extração subjetiva para torná-la quanto à origem, impessoal e Abstrata – tal qual um módulo ou engrenagem de máquina. Pode-se afirmar que a técnica desenvolvida por Cézanne seria a da radicalização da dimensão processual da arte, que se deu posteriormente, na fase analítica ou dos objetos não utilitários – aquela que os Construtivistas soviéticos denominaram de Fase de Laboratório, justificando-a como experiências em vista da futura produção (URSS, 1919-1921; v. Arte Construtivista e Arte Produtivista).



REFERÊNCIA SELECIONADA:
 


MARTINS, L. R. O Debate entre Construtivismo e Produtivismo, segundo Nikolay Tarabukin. São Paulo: Revista do Departamento de Artes Plásticas da ECA – USP, 2004, p. 64.


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