Translate

Friday, February 24, 2012

QUINTA PARTE DOS BALÉS RUSSOS [BALLETS RUSSES], DA CIA. TEATRAL SERGEI PAVLOVICH DIAGHILEV (Paris, 1909-1929).

Sinopse do programa exibido na TV Cultura (sábado,11 de fevereiro, 2012).

Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e Televisão Educativa
TV Cultura | Rádio Cultura Brasil | Rádio Cultura FM | TV Rá Tim Bum Rua
Cenno Sbrighi, 378 - Água Branca - São Paulo - SP CEP 05036-900 / Caixa Postal 11.544.Telefone: (55) 11 2182.3222
http://www2.tvcultura.com.br/faleconosco/

NO DIA 29 DE MAIO DE 1913, UM ESCÂNDALO ABALARIA O MUNDO ARTÍSTICO DE PARIS E ABRIRIA DE VEZ AS PORTAS DA MÚSICA MODERNA: ERA A ESTREIA DE ¿A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA¿, BALÉ DE IGOR STRAVINSKY, UM DOS MAIS IMPORTANTES COMPOSITORES DO SÉCULO XX.A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA FOI O TERCEIRO BALÉ QUE STRAVINSKY COMPÔS POR ENCOMENDA DO EMPRESÁRIO SERGEI DIAGHLEV. INTERPRETADO PELO BALÉ RUSSO, COM COREOGRAFIA DE NIJINSKY, A SAGRAÇÃO CHOCOU O PÚBLICO POR SEU CARÁTER INOVADOR, INSPIRADO EM RITUAIS PAGÃOS RUSSOS, E MUDOU O CURSO DA HISTÓRIA DA MÚSICA DO OCIDENTE.O PROGRAMA CLÁSSICOS MOSTRA TUDO SOBRE ESSA OBRA NUM DOCUMENTÁRIO CRIADO PELO MAESTRO MICHAEL TILSON THOMAS COM A ORQUESTRA SINFÔNICA DE SÃO FRANCISCO.

A Sagração da Primavera [Le Sacre du Primptemps].

Nicolai Roerich escreveu o libreto em colaboração com o compositor russo Igor Stravinski e criou a cenografia e figurinos para o balé A Sagração da Primavera [Le Sacre du Primptemps]. O balé estreou com a coreografia de Vaslav Nijinski, que também dançou como bailarino principal com a orquestra sob a regência de Pierre Monteux (Paris, 29 maio, 1913). Devido às dificuldades para montar esse balé, Diaghilev e Nijinski visitaram a Escola Eurítmica de Jacques-Émile Dalcroze (Hellerau, Alemanha) onde contrataram uma de suas alunas, que ficou conhecida no mundo da dança internacional como Marie Rambert.

O balé A Sagração da Primavera [Le Sacre du Primptemps]. inaugurou o novo Théâtre du Champs Elysées construido por Gabriel Astruc, promotor da primeira temporada dos Balés Russos. Nessa temporada parisiense foram apresentados três novos balés: Jeux (Debussy), Le Sacre du Primptemps (Stravinski e Roerich) e, com cenografia de Bóris Romanov, a versão de A Tragédia de Salomé (Florent Schmitts).

Para A Sagração da Primavera, Roerich desenhou costumes multicoloridos; a criada escolhida recebeu a saia com listras horizontais e desenhos Abstratos e Geométricos, usada com a túnica com mangas longas, com listras bordadas no punho e no decote de forma arredondada, com várias rosetas estampadas em amarelo sobre fundo laranja vibrante na túnica, cor também do fundo da saia; esse figurino se encontra reproduzido (SHEAD, 1983).

O balé apresentou rito selvagem na eclosão da violenta primavera russa, marcado pela inovadora coreografia de V. Njinsky, que exigiu demais dos bailarinos, que deram grandes saltos no ar, pois a dança quebrava o gelo preparando a explosão da terra em flores multicoloridas. A música de Igor Stravinski, completamente inédita pois não guardava nenhuma relação com qualquer música ouvida anteriormente pela platéia, soou como assalto brutal aos sensíveis ouvidos dos eruditos parisienses. O espetáculo desta noite foi levado a extremos e chegou mesmo à violência, e, durante o intervalo a polícia foi obrigada a remover vários espectadores indignados. Os aplausos se misturaram aos apupos e vaias, até que a Dança Sacra, com Marie Pilz foi tão extraordinária que restaurou a paz no teatro e o balé pôde enfim chegar ao final. No dia seguinte a imprensa foi bastante hostil na sua crítica ao balé; mas, este sucesso de escândalo consagrou os Ballets Russes, famosos desde então.


No comments: