GRUPOS INTERNACIONAIS DOS QUAIS O ARTISTA RUSSO WASSILY KANDINSKY PARTICIPOU:
BAUHAUS - WEIMAR (1919-1925).
BAUHAUS - WEIMAR (1919-1925).
Foi o arquiteto Walther Gropius o sucessor de Henry van de Velde na Escola de Artes e Artes Aplicadas do Grão-Ducado de Weimar, que ele reorganizou (1912-), que se transformou, mais tarde, na Bauhaus (1919-1933). Gropius fundiu duas escolas da cidade de Weimar, a Escola de Belas Artes e a Escola de Artes Decorativas, sonhando conseguir a união dos artistas às equipes de produção industrial, ao lado dos engenheiros, dos cientistas, entre outros, na fusão interdisciplinar de pintura, escultura, desenho industrial, arquitetura e urbanismo.
Gropius foi o primeiro e mais importante diretor da Bauhaus (1919-1928). O arquiteto convidou para lecionarem na primeira turma de mestres da escola Johannes Itten, Paul Klee, Lyonel Feininger, Wassily Kandinsky, Josef Albers, Oskar Schlemmer, Gunta Stöhlzl, László Moholy-Nagy e Ludwig Mies van der Rohe,que foram seus principais e mais influentes professores. Wassily Kandinsky se associou ao grupo assim que ele voltou da URSS para a Alemanha (1922), apresentado a Gropius por seu amigo de sempre Klee: ele foi professor de Teoria Geral, de Composição Abstrata e de Arte Monumental.
Estabeleceu-se pronunciado conflito entre o diretor e o mestre Johannes Itten, que, com Muche, difundia o valor da espiritualidade, oferecendo ritual e meditação. O mestre Itten foi substituído por Joseph Albers e Lasló Moholy-Nagy, mas seus conceitos e princípios Vorkus permaneceram influenciando a escola. Outra importante influência foi a do Construtivismo (v.) soviético, que ficou confinado na Alemanha dentro do círculo estreito da Bauhaus, onde foram elaboradas as formas da arquitetura e do mobiliário que, na segunda metade do século XX foram divulgadas internacionalmente.
O primeiro professor de Teatro foi Lothar Schreyer (1921-1923), que incluiu a Performance como uma das disciplinas nas artes. O curso de Schreyer introduziu parcas inovações e o Teatro somente se tornou especial quando Oscar Schlemmer adquiriu a condição de professor da disciplina (1923-1929). Foi somente depois da realização da primeira Semana da Bauhaus (1923), que a escola organizou sob o tema Arte e Tecnologia, uma nova unidade que O. Schlemmer passou à diretor da Oficina de Teatro, que adquiriu caráter oficial somente depois da transferência da escola para suas novas instalações, projeto revolucionário de W. Gropius (Dessau, 1925). Schlemmer estabeleceu o novo programa experimental para sua disciplina na escola, quando encenou pela primeira vez parte de sua peça O Gabinete das Figuras I (1923), obra depois encenada em várias versões (II e III; 1919-1932).
As festas realizadas pela escola solidificaram sua reputação: na sala alugada no Ilm Chalet Gasthaus (Weimar, 1924), ocorreu a primeira das ditas, Meta Performance - Pantomima das Cenas, de autoria de O. Schlemmer. A Performance continuou a se desenvolver com o mestre que estudou o espaço cênico, a iluminação e devotou especial atenção aos costumes que ele desenhou e seu irmão, Carl Schlemmer, colaborou com a execução, mesmo após sua saída da escola (1922).
Fatos de natureza política confrontaram a Bauhaus – Weimar, e a escola se transferiu para suas novas instalações com modernissimo projeto de W. Gropius (Dessau, 1925-1929). As VChUTEMAS - VChUTEIN [Estúdios Superiores de Arte e Técnica Instituto Superior de Arte e Técnica] (Moscou, 1920-1926; 1927-1930), mantiveram vínculo estreito com a Bauhaus alemã, desde a sua organização. Ambas as faculdades foram as primeiras a propiciarem treinamento a desenhistas modernos, aliando a tecnologia à tradição artesanal, com curso básico de Teoria da Cor, Desenho Industrial e Arquitetura (v. MTVU, NOVA ACADEMIA e OBMAS), ao quais os estudantes deveriam cursar obrigatoriamente antes de se especializarem. Bem maiores do que a Bauhaus alemã, as VChUTEMAS – VChUTEIN tinham c. 100 professores e 2500 alunos. O segundo diretor da Bauhaus, Hanner Meyer, estabeleceu a cooperação entre as duas faculdades; Hinnerk Scheper colaborou com vários professores soviéticos na pesquisa do uso da cor na arquitetura. E El Lissitzky, quando publicou seu livro Rússia - Arquitetura para a Revolução Mundial, publicou muitos projetos e ilustrações das obras arquitetônicas das VChUTEMAS – VChUTEIN (v. Nova Bauhaus (Ulm, 1951-), por Max BILL; v. Grupo do Movimento Internacional para uma Bauhaus Imagista, por Asjer Jorn, Enrico Baj e Constant).
BAUHAUS - DESSAU (1925-1929).
Os mais conhecidos professores da escola foram, além dos arquitetos Gropius e Mies van der Rohe, os mestres Paul Klee e Wassily Kandinsky, além do mestre da Performance Oscar Schlemmer. Kandinsky, apresentou programas que criou anteriormente para a GINKhUK (v.) soviética, orientou a sua Teoria da Arte do modo mais científico possível, distanciando-a da espiritualidade.
O primeiro professor de Teatro foi Lothar Schreyer (1921-1923), que incluiu a Performance como uma das disciplinas nas artes. O curso de Schreyer introduziu parcas inovações e o Teatro somente se tornou especial quando Oscar Schlemmer adquiriu a condição de professor da disciplina (1923-1929). Foi somente depois da realização da primeira Semana da Bauhaus (1923), que a escola organizou sob o tema Arte e Tecnologia, uma nova unidade que O. Schlemmer passou à diretor da Oficina de Teatro, que adquiriu caráter oficial somente depois da transferência da escola para suas novas instalações, projeto revolucionário de W. Gropius (Dessau, 1925). Schlemmer estabeleceu o novo programa experimental para sua disciplina na escola, quando encenou pela primeira vez parte de sua peça O Gabinete das Figuras I (1923), obra depois encenada em várias versões (II e III; 1919-1932).
As festas realizadas pela escola solidificaram sua reputação: na sala alugada no Ilm Chalet Gasthaus (Weimar, 1924), ocorreu a primeira das ditas, Meta Performance - Pantomima das Cenas, de autoria de O. Schlemmer. A Performance continuou a se desenvolver com o mestre que estudou o espaço cênico, a iluminação e devotou especial atenção aos costumes que ele desenhou e seu irmão, Carl Schlemmer, colaborou com a execução, mesmo após sua saída da escola (1922).
Fatos de natureza política confrontaram a Bauhaus – Weimar, e a escola se transferiu para suas novas instalações com modernissimo projeto de W. Gropius (Dessau, 1925-1929). As VChUTEMAS - VChUTEIN [Estúdios Superiores de Arte e Técnica Instituto Superior de Arte e Técnica] (Moscou, 1920-1926; 1927-1930), mantiveram vínculo estreito com a Bauhaus alemã, desde a sua organização. Ambas as faculdades foram as primeiras a propiciarem treinamento a desenhistas modernos, aliando a tecnologia à tradição artesanal, com curso básico de Teoria da Cor, Desenho Industrial e Arquitetura (v. MTVU, NOVA ACADEMIA e OBMAS), ao quais os estudantes deveriam cursar obrigatoriamente antes de se especializarem. Bem maiores do que a Bauhaus alemã, as VChUTEMAS – VChUTEIN tinham c. 100 professores e 2500 alunos. O segundo diretor da Bauhaus, Hanner Meyer, estabeleceu a cooperação entre as duas faculdades; Hinnerk Scheper colaborou com vários professores soviéticos na pesquisa do uso da cor na arquitetura. E El Lissitzky, quando publicou seu livro Rússia - Arquitetura para a Revolução Mundial, publicou muitos projetos e ilustrações das obras arquitetônicas das VChUTEMAS – VChUTEIN (v. Nova Bauhaus (Ulm, 1951-), por Max BILL; v. Grupo do Movimento Internacional para uma Bauhaus Imagista, por Asjer Jorn, Enrico Baj e Constant).
Depois que a Bauhaus se transferiu de Weimar, para sua nova sede em Dessau, os eventos teatrais e performáticos experimentais foram encenados no palco da escola até que W. Gropius deixou sua administração (1928). Durante período prolongado o grupo teatral e performático da escola viajou, se apresentando em várias cidades alemãs, recebendo o apoio e o incentivo entusiasta de W. Gropius. A Bauhaus foi uma escola rica: além de generosas verbas estatais ela recebeu Royalties de suas invenções patenteadas e vendidas à indústria alemã, principalmente no ramo do mobiliário de metal e iluminação moderna. Os recursos não faltaram, investidos na itinerância das Performances, apresentadas em Berlim, Breslau, Frankfurt, Stuttgart, Basle e, em Paris. No Congresso do Instituto da Dança (1932), foi apresentada a Performance completa do Balé Triádico, de Oscar Schlemmer. Essa foi a última apresentação do grupo performático da escola Bauhaus, no evento que ocorreu um ano antes de sua completa desintegração. A Performance foi a disciplina mais moderna e o elemento mais revolucionário do ensino da Bauhaus e antecipou por quase 50 anos essa corrente na arte das vanguardas artísticas no século XX.
Gropius incentivou o Teatro Experimental da Bauhaus e projetou e construiu teatro moderníssimo na nova sede da Bauhaus - Dessau (1925-1929). Esse novo espaço incentivou O. Schlemmer, Wassily Kandinsky, Xanti Schavinsky e Joost Schmidt a criarem novos espetáculos, performáticos e experimentais, sendo que os mais conhecidos se encontram listados e detalhados (publicarei posteriormente).
O diretor Gropius e os professores Herbert Bayer, Marcel Breuer e Lasló Moholy-Nagy deixaram a Bauhaus - Dessau (fev., 1928). Hannes Meyer tornou-se o novo diretor da escola e inaugurou outras oficinas, como as de Fotografia e Artes Plásticas, bem como o Departamento de Psicologia (1º abr., 1928). Quando os nazistas passaram a dominar a Câmara de Vereadores de Dessau, foi votado o fechamento da Bauhaus na cidade. No ano seguinte, Hannes Meyer foi destituído da direção da escola: ele se transferiu para Moscou com grupo seleto de 12 alunos, considerados de orientação esquerdista. O novo diretor, indicado por Walther Gropius, foi Ludwig Mies van der Rohe que transferiu a Bauhaus para Berlim (out. 1929).
A Editora Bauhaus publicou 14 livros na série Bauhausbücher, entre os quais os importantes Pedagosgische Skizzenbuch (Paul Klee, 1925); Die Neue Gestaltung (Piet Mondrian, 1925); Gundbegriffe der neuen gestaltung den Kunst (Théo van Doesburg, 1925); Punkt und Linie zu Fläche (Wassily Kandinsky, 1926); Die Gegendstansloose Welt (Kasemir Malevich, 1927) e Kubismus (Albert Gleizes, 1928). A escola também publicou a revista Bauhaus (v.).
O Partido Nacional Socialista se tornou dominante na Alemanha e as verbas anuais para a escola diminuíram para 50.000 RM (1930). A escola ocupou em condições precárias a fábrica de telefones desativada, não mais como a Bauhaus-Dessau, mas como instituição de ensino particular: a nova Bauhaus-Berlim tinha 168 estudantes matriculados, sendo 33 estrangeiros (1932).
A Gestapo promoveu censura permanente, causando inúmeros problemas aos mestres, corpo docente da escola. No ano seguinte Mies van der Rohe, apoiado pelos professores, incapaz de aceitar as exigências da Gestapo, decidiu-se pelo fechamento da Bauhaus - Berlim (20 jul.). O comunicado oficial por escrito para seus alunos foi datado posteriormente (10 ago., 1933). Posteriormente, os prédios e obras de arte integradas à arquiteura foram destruídos.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
DROSTE, Magdalena. Bauhaus, Bauhaus Archiv, 1919-1933. Taschen, 2000, pp. 72-74.
GOLDBERG, R. Performance Art: from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 2001. 206 p., il.; algumas color. pp. 97-114, 117-120, 129.(world of art).
HERZOGENRATH, K.; BITTERBERG, K-G. (Trad.) Bauhaus: 50 Jahre Bauhaus. Stuttgart: Würtembergischen Kunstverein, Institut für Auslandsbeziehungen, 1974, pp. 24-27, 85-94.
INTERNET. Art Knowledge News - Keeping You in Touch with the World of Art...
The Unique Bauhaus Archive Museum of Design in Berlin - Was and Is A One Of A Kind Educational Museum ~ Says Our Editor Disponível: "Art News" <signups@artknowledgenews.com>.Acesso: 05 jan., 2011.
BAUHAUS – CHICAGO OU NOVA BAUHAUS(CHICAGO, 1937-).
Destaque: Lasló MOHOLY-NAGY.
Aescola foi fundada por Lasló Moholy-Nagy no Instituto de Tecnologia de Chicago (1937-). Através do ensino revolucionário a tecnologia entrou na vida contemporânea norte-americana, com a celebração da nova da Era da Máquina, buscando a transformação estética do ambiente e a teorização da nova cultura baseada na relação mais estreita de arte com a ciência e do homem versus máquina.
REFERÊNCIA
SELECIONADA:
POPPER, F. Art of the Eletronic Age. London: Thames and Hudson, 1993, pp. 11-12.
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