HISTÓRIA DAS VANGUARDAS RUSSAS E SOVIÉTICAS.
O escritor e dramaturgo russo foi coronel do exército antes e depois da Revolução Russa; ele nasceu em Poltava e morreu em Meudon (França). O Coronel Lunatcharsky estudou em Kiev e Zurique; a sua família era formada por funcionários públicos russos. Logo no início do século XX (1903), Lunatcharsky filiou-se ao Partido Bolchevique. O futuro escritor lutou ao lado de Lenin na revolução russa (1905), mas rompeu esta relação quando integrou o grupo dos dissidentes bolcheviques que se situaram à esquerda do partido (1907).
Lunatcharsky viajou para Bolonha e Capri, na Itália, onde participou da formação de escolas do partido. O coronel voltou às boas relações e ao convívio com Lenin (1915), quando participou, a seu lado, da nova Revolução Russa (fev. de 1917). Após a revolução Lunatcharsky foi nomeado Comissário do Povo para a Educação; ele apoiou as vanguardas artísticas soviéticas, com quem, devido a seu cargo, foi obrigado a relacionar-se, enfrentando inúmeros problemas. Lunatcharky permitiu que os líderes das vanguardas russas, como V. V. Maiakowsky organizassem o plano da educação artística das novas instituições russas, voltadas para a educação com as artes. Este plano foi muito bem engendrado e permitiu a criação dos vários Museus de Cultura Artística [M.C.As.] (v.), com sua administração e setor de compras centralizado em Moscou.
Através do novo sistema educacional a IZO - NARKOMPRÓS (v. abaixo), deveria adquirir obras de arte, pinturas e esculturas produzidas desde o início do século por artistas das vanguardas russas e distribuir estas obras, principalmente as pinturas, nos acervos dos vários M.C.As., criados nas províncias, em todo o território do país de dimensões continentais. Foram criados c.de 30 M.C.As., sendo que outros 25 estavam com seus projetos em andamento, quando Lenin sofreu o infarto que incapacitou-o para governar o país. Quando Stalin assumiu o comando, mudou imediatamente a orientação das instituições culturais e cortou todas as verbas (c. 1921-1922). Lunatcharsky emigrou: ele foi viver na França (1923-1933). No período final de sua vida o coronel publicou os livros: Lenin e o Cinema (1929) e Os Problemas da Arte do Cinema (1931).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ALBERA, F. Eisenstein e o construtivismo russo - A dramaturgia da forma em "Stuttgart". Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Cosac e Naify, 2002, pp. 184, 197, 201,203.
DICIONÁRIO. PASSEK & GUILLEMOT, 1995. 1996, p. 1350.
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