Translate

Monday, June 15, 2015

BIOGRAFIA: TORRES-GARCIA, Joaquín (1874-1949).

BIOGRAFIA: TORRES-GARCIA, Joaquín (1874-1949). O artista uruguaio nasceu e morreu em Montevidéu: Torres-Garcia foi viver com sua familia na Europa (Barcelona, 1891). O artista seguiu os cursos da Academia de Belas Artes. Torres-Garcia participou da associação de pintores católicos, o Círculo de Artistas de São Lucas (1894) e trabalhou com Antoni Gaudí (Antoni Plaid Gaudí i Gaudí Cornet, 1852-1926), no desenho da Igreja da Sagrada Família (Barcelona) e nos vitrais da Catedral de Palma (1903-1907). No mesmo período o artista tornou-se professor de arte na Escola Mont D'Or, e, anos depois viajou por vários países como a Itália e Suíça (1909). Torres-Garcia recebeu a encomenda de pintura mural para a Igreja de San Agustín (1908) e de frisas para a sede do Parlamento Catalão (1918); os seus desenhos foram inspirados em vários artistas das vanguardas européias, como Pablo Picasso, Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) e Pierre Puvis de Chavannes (1824-1898). O artista publicou série de textos de natureza poética e teórica sobre arte, como sua Nota sobre arte. Torres-Garcia visitou Nova York (1916) onde encontrou Marcel Duchamp (1887-1967) e tornou-se amigo de Katherine Dreier (1877-1952), que adquiriu suas obras para a Sociedade Anônima (1920), além de organizar e participar de mostra conjunta com Stuart Davis (1894-1964), no Estúdio Clube Whitney (Nova York, 1924). Torres-Garcia passou dois anos na Itália (1924-1926); após breve estadia em Villefranche (França), o artista instalou seu estúdio conjunto com Jean Helion (1904-1987), em Paris. Na época Torres-Garcia conheceu Theo van Doesburg (1882-1931) e Piet Mondrian (1872-1944), e sua obra foi influenciada pelas modernas teorias do Neo-Plasticismo, lançadas por estes artistas. No início da década de 1930 Torres-Garcia fundou, junto com Michel Seuphor (Paris, 1901-1999), o Grupo (Internacional Parisiense) do Círculo e Quadrado (v.); e a revista Cercle et Carré [Círculo e Quadrado] (v.), lançada na 1ª Exposição Internacional do Grupo Círculo e Quadrado [1ère Exposition Internationale du Groupe Cercle et Carré] (18 abril – 1º maio, 1930), realizada na Galeria 23, sita na rua de la Boétie (Paris). A composição da revista foi de Torres-Garcia, com tipografia sóbria e compacta, influenciada pelo Neo-Plasticismo. Seuphor estabeleceu o sistema de cotas para a publicação, obtendo a adesão de c. de 80 artistas, que participaram da exposição como Wassily Kandinsky, Hans e Sophie Arp, Fernand Léger, Willi Baumeister, Marcelle Cahn, Amedée Ozenfant, Kurt Schwitters, Henryk Stazewsky, Georges Vantongerloo, Serge Charchoune, Anton Pvsner e Le Corbusier, além do próprio J. Torres-Garcia, entre outros. Seuphor programou a inauguração da mostra com evento performático, apresentação de música dita, verbal, poemas fonéticos e concerto da música ruidista do Intonarumori de Luigi Russolo. No mesmo ano Torres-Garcia organizou a mostra de pintores latino-americanos na Galeria Zak (Paris). No entanto, o artista estava premido por dificuldades financeiras, devido às repercussões da grande recessão que atingiu o mundo desde a crise da bolsa de Nova York (maio, 1929). Torres-García decidiu voltar a viver em Montevidéu (1934). Na capital uruguaia o artista fundou a Associação para Arte Construtiva (v.); editou e publicou a revista Círculo e Quadrado e escreveu sua biografia (1939). Torres-Garcia realizou a obra mural Monumento Cósmico, no Parque Rodo (1938) e inaugurou seu Ateliê Pedagógico Coletivo em hospital, o qual patrocinou a publicação de seu livro O Construtivismo Universal (1944). O artista escreveu vários outros livros, que complementaram sua contribuição à unificação da arte e da cultura na América do Sul. Depois que Torres-Garcia faleceu em Montevidéu (1949) ele foi homenageado com inúmeras exposições retrospectivas de suas obras, em vários museus internacionais como em Paris (1955); Amsterdã (1964); nos EUA (1960; 1961; 1965; 1969; 1970); na mostra A Escola do Sul: o Ateliê Torres-Garcia e seu Legado, em Madrid; no MAM - Rio de Janeiro (1979), onde verdadeira tragédia ocorreu devido ao incêndio que destruiu grande parte da obra de Torres-Garcia, que, na ocasião realizava sua retrospectiva no museu brasileiro. Obras do artista participaram da mostra Torres-Garcia e Barradas (1996), organizada com a curadoria de Angel Kalenberg no CCBB (Rio de Janeiro). A obra de Torres-Garcia, Interior (1924, óleo/ cartão, na coleção do Museu Nacional de Artes Visuais, Montevidéu, Uruguai), participou da exposição Novecento Sudamericano: Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai, organizada com o patrocínio do Instituto Italiano de Cultura na Pinacoteca do Estado de São Paulo (31 agosto - 05 outubro, 2003). Torres-Garcia é considerado um dos mais importantes artistas da América do Sul e, na sua terra natal, o mais reconhecido precursor das vanguardas uruguaias. A obra Construtivo (1931, óleo/ tela, 78 x 68 cm., coleção particular, Nova York), se encontra reproduzida (DUROZOI, 1992); sua obra Sem Título (1938, guache/ cartão/ madeira, 81 cm x 43 cm. na Galeria Albright-Knoxx, Buffallo, EUA), encontra-se reproduzida (TURNER, 2000). A obra de Torres-Garcia, Construcción en blanco y Negro (1931, óleo/ madeira), esteve em exposição no setor Abstração e Informalismos, na mostra Latitudes: Mestres Latino-Americanos na Coleção FEMSA, e se encontra reproduzida no folheto da exposição. O Museu de Belas Artes (MFAH - Texas) inaugurou mostra retrospectiva de Joaquín Torres-García organizada por Mari Carmen Ramírez da Fundação Wortham, curadora de Arte Latino-Americana no MFAH (06 setembro- 29 novembro, 2009). A exposição apresentou 12 pinturas das coleções particulares texanas, complementadas com a mostra, também curada por Ramirez, Joaquín Torres-García: Abstrações Construídas com Madeira [Joaquín Torres-García: Constructing Abstraction with Wood], apresentada na Coleção Menil (Texas), com a colaboração do MFAH, que expôs mais de 80 obras do artista executadas em madeira (25 setembro, 2009). Essas duas mostras complementares foram as primeiras a apresentarem, depois de 40 anos, a obra de Joaquín Torres-García nos Estados Unidos. Hoje, na América, o artista e teórico da arte uruguaio é considerado um dos maiores expoentes da vanguarda internacional. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ADES, D. Art d'Amerique Latine, 1911-1968. Paris: Museé National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, 1992, pp. 326, 514, 515. CHIARELLI, T. Novecento Sudamericano: Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Instituto Italiano de Cultura - Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., p. 622. GROVE, .E.; TURNER, J. (ed.). Encyclopedia of Latin American and Caribbean Art. New York: Jane Turner and Grove, 2000. 782p., 40p. de lâminas color.: il., mapas., , plate XXXIX. (Grove Encyclopedias of the Art of Americas, 2 v.). Latitudes: Mestres Latino-Americanos na Coleção FEMSA. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, 12 fevereiro – 05 abril, 2009. MFAH Showcases a Dozen Paintings by Avant-Garde Painter Joaquín Torres-Garcia. Art Knowledge News - Keeping You in Touch with the World of Art... Retrieved from: "Art News" signups@artknowledgenews.com Acessed in: January 02, 2011. KALENBERG, A. A Vanguarda no Uruguai: Barradas e Torres-Garcia. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996, pp. 22-24. LÉVÊQUE, J-J. Le triomphe de l'art moderne: les Anées Folles. Paris: A. C. R. Éd. Internationalles, 1992. 624p.: il., retrs., p. 441.

No comments: